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Intolerância Religiosa

Recentemente, na Folha intitulada Vândalos, mencionei a barbárie de se jogar uma estátua do Buddha no lago, acontecida em Curitiba. Vários amigos nesta semana me comunicaram que uma manifestação pela paz foi realizada no último domingo. A notícia é esta:

Adeptos do budismo fizeram em Curitiba, no fim de semana, uma manifestação pela paz.

Há duas semanas, vândalos derrubaram no lago a estátua de Buda que fica na Praça do Japão. Feita de bronze, com base de fibra de vidro, a imagem ficou bastante danificada.

No domingo, seguidores do zen-budismo e do budismo tibetano fizeram um manifesto silencioso pela paz, limpando a estátua, que foi recolocada no lugar onde estava.

A TV Paranaense publicou um video a respeito. E diversos centros budistas da capital paranaense estiverem presentes na limpeza e manifestação pela tolerância.

Uma outra expressão de intolerância, que nada mais é que uma dificuldade em conviver com o diferente, está nos discursos de alguns que se colocam como religiosos, mas que usam da religião apenas para expressar suas próprias preferências e aversões. Não sou contra a crítica. Mas acho que deve ser feita com conhecimento e explicação detalhada de porque se critica e qual ponto é criticado. Crítica gratuita e sem base é apenas aversão. Ontem recebi um link para um artigo que apareceu em uma revista cristã e que chama os buddhistas ocidentais de narcisistas. Esse tipo de generalização sempre tem um quê de fundamentalismo. Enfim, para quem desejar ler o artigo e um comentário a ele

dhanapala

Este é o blog pessoal de Ricardo Sasaki, psicoterapeuta, palestrante e professor autorizado na tradição buddhista theravada (Upasaka Dhanapala) e mahayana (Ryuyo Sensei), tradutor, autor e editor de vários livros, com um grande interesse na promoção e desenvolvimento de meios hábeis que colaborem na diminuição real do sofrimento dos seres, principalmente aqueles inspirados nos ensinamentos do Buddha. Dirige o Centro de Estudos Buddhistas Nalanda e escreve no blog Folhas no Caminho. É também um dos professores do Numi - Núcleo de Mindfulness para o qual escreve regularmente. Para perguntas sobre o buddhismo, estudos em grupo e sugestões para esta coluna, pode ser contactado aqui: biolinky.co/ricardosasaki

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2 Resultados

  1. Dhanapala disse:

    É missão impossível mesmo Ana. O artigo está sendo traduzido para o espanhol, e quando ficar pronto, mandarei para a revista.

  2. Anonymous disse:

    Oi, Ricardo
    Qta ” tiririca” …rsrs
    Fiquei cá com meus botões:
    Será um “foca” ?
    Ou será alguém a serviço da Opus Dei?
    Por falar em Opus Dei, vc sabia que corremos o risco de ter um representante dessa porção mais conservadora e reacionária da Igreja na Presidencia da República? dou uma dica – vulgo picolé de chuchu – eitá lingua mardita, perdão.
    Nossa vc literalmente demoliu o texto…fiquei com uma certa dose de piedade do autor..rs.
    Tb me passou pela cabeça: será que a pesquisa dele foi feita num daqueles grupos que fazem workshops
    de fim de semana? aquela mistureba
    esoterismo e vários ismos?
    Será que ele leu Lasch, A cultura do narscisimo, e sabe que é um texto do inicio dos anos 80, tendo como referencia a cultura americana?
    Será que ele sabe como se estrutura
    o funcionamento mental de um narcisista, ou usa o termo no senso
    comum?
    Dou a maior força daqui, nessa sua
    missão de tirar ” tiriricas” do jardim do Budhismo.As vezes ela me parece ” Missão Impossivel!
    Mas falando sério, vejo ai nesse tipo de coisa de jornalistas… sempre eles, um prato cheio para que novos “memes” sejam postos em circulação. E como diz Clemente Nobrega, meme=virus, isso vira uma praga, para os displicentes.
    Ah! vc mandou seu texto prá “tar” revista? Eu exigiria que ele fosse
    publicado… olha eu ai botando lenha na fogueira..rs
    Espero que a sua enorme indignação
    tenha se amenizado, eu fiquei com medo da sua furia..rs
    Desculpe se me excedi, mas daqui, da terra onde a cana dá, reverencio
    e aplaudo seu esforço.
    abs fraternos
    ana