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Sendo amigável consigo mesmo

Sendo amigável consigo mesmo

Vou oferecer algumas sugestões de como vocês podem tentar praticar quando estão sozinhos. Uma coisa é quando vocês têm dificuldades e não conseguem se sentir amigáveis consigo mesmos, vocês tem que ser amigáveis para com isso. Vocês podem dizer para si mesmos: Então, agora, eu não posso meditar sobre a amorosidade, mas não há problema que eu não possa praticar a meditação sobre a amorosidade. Caso contrário, o que acontece é que resistimos a ela, nós não gostamos disso, nós odiamos isso, nós nos damos um sinal negativo porque não somos capazes de fazer isso. Mas aqui, esta é uma maneira de ser amigável para consigo mesmo, aceitando o que é.

Talvez uma outra sugestão seria, quando você tem uma experiência desagradável, talvez uma dor física, talvez uma dor mental, em que situação você pode realmente dizer para si mesmo: ‘Eu não me sinto bem, mas está bem não me sentir bem’. Então, você tem que lembrar disso em tais situações: dizer OK, aceitar, ser amigável com a situação, sem odiar, desgostar ou resistir.

Então, talvez outra sugestão: esta prática é algo que você pode tentar fazer de manhã, quando acorda, apenas por alguns minutos você pode fazer isso. Você se lembra da citação do Buddha, que se você pode praticar a meditação da amorosidade mesmo apenas durante o tempo de estalar os dedos, você é digno de ser um monge. Então, de manhã, deitado na sua cama, tente pensar nesse momento: que todos os seres estejam bem e felizes – incluindo você mesmo – apenas por alguns minutos, apenas para ter pensamentos de amor e bondade, pensamentos de amizade pela manhã.

Então outro pensamento semelhante que você pode fazer pela manhã é: Que hoje eu possa ter oportunidade de praticar a amorosidade para com outra pessoa, que eu possa ter a oportunidade de mostrar bondade para alguém hoje. Apenas ter esse pensamento, só por ter esse tipo de aspiração, já é uma ótima maneira de começar o dia.

Alguém disse algo muito simples e significativo, algo semelhante ao que o Buddha disse. Ela disse: ‘Não temos de fazer uma coisa grande para mostrar a amorosidade. Mas pequenas ações, pequenos atos de amorosidade são suficientes’. Então, se você pode ter essa abertura, e se você pode ter essa motivação, em seguida, no dia a dia, você deve se comprometer a encontrar situações em que você possa sorrir para uma pessoa, sorrir para uma criança, mostrando alguma bondade. Essas pequenas coisas, coisas tão pequenas são, de certo modo, atos de amorosidade“.

Este é um ensinamento do prof. de dharma Godwin Samararatne, traduzido pela equipe de tradução do Centro Buddhista Nalanda.

dhanapala

Este é o blog pessoal de Ricardo Sasaki, psicoterapeuta, palestrante e professor autorizado na tradição buddhista theravada (Upasaka Dhanapala) e mahayana (Ryuyo Sensei), tradutor, autor e editor de vários livros, com um grande interesse na promoção e desenvolvimento de meios hábeis que colaborem na diminuição real do sofrimento dos seres, principalmente aqueles inspirados nos ensinamentos do Buddha. Dirige o Centro de Estudos Buddhistas Nalanda e escreve no blog Folhas no Caminho. É também um dos professores do Numi - Núcleo de Mindfulness para o qual escreve regularmente. Para perguntas sobre o buddhismo, estudos em grupo e sugestões para esta coluna, pode ser contactado aqui: biolinky.co/ricardosasaki

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