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línguas e paisagens / Portugal

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Ouvir o português (porque a língua que se fala no Brasil, não é o português, mas o “brasileiro”!) é sempre uma experiência maravilhosa. Eu poderia vir para Portugal para não fazer mais nada, apenas ouvir as pessoas falando. Um misto de prazer sonoro e constante interesse em ouvir qual será a próxima palavra, como ela é pronunciada e as surpresas com as novas. Já tive oportunidade de falar um pouco sobre isso em Aprendendo a falar português, De onibus de Paris ao Porto, Aprendendo a falar português II, e Numa lanchonete em Portugal.

As placas nas ruas continuam fixes (que significa ‘legal’) e giras (que também significa ‘legal’). Por exemplo, se você quiser comer um peixe legal, pode ir aí:

Nesta rua tentei achar alguma brasileira ou portuguesa rebolando:

Mas sem sucesso. Na rua das Reboleiras, aqui no Porto, não tem nada disso. Reboleira é outra coisa! Acabamos então a nos meter em ruas perigosas:

Seríamos enganados, roubados, tapeados? Nada disso, na rua dos Canastreiros parece que só tem gente honesta e trabalhadora, e o nome se refere a algum tipo de chapéu que num tempo se usava por aqui.

Buddhisticamente falando, andar pelas ruas da cidade do Porto pode ser um desafio doutrinal. Por exemplo:

E agora? Dura mesmo? Como fica a impermanência? Seria essa casa um desafio a nós para repensarmos sobre anicca? Apesar das incertezas, algumas pessoas aqui realmente se esforçam para nos proporcionar um sentido de segurança. Conhecedoras das incertezas que nós turistas temos quando viajando por outros países, elas nos asseguram que se quisermos comer num restaurante típico, não teremos motivo algum para dúvida:

A cidade do Porto é linda, meio moderna, meio medieval, um misto de cidade grande e vilarejo gostoso e agradável de se estar. Ninguém deveria deixar de visitá-la.

dhanapala

Este é o blog pessoal de Ricardo Sasaki, psicoterapeuta, palestrante e professor autorizado na tradição buddhista theravada (Upasaka Dhanapala) e mahayana (Ryuyo Sensei), tradutor, autor e editor de vários livros, com um grande interesse na promoção e desenvolvimento de meios hábeis que colaborem na diminuição real do sofrimento dos seres, principalmente aqueles inspirados nos ensinamentos do Buddha. Dirige o Centro de Estudos Buddhistas Nalanda e escreve no blog Folhas no Caminho. É também um dos professores do Numi - Núcleo de Mindfulness para o qual escreve regularmente. Para perguntas sobre o buddhismo, estudos em grupo e sugestões para esta coluna, pode ser contactado aqui: biolinky.co/ricardosasaki

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1 Resultado

  1. Anonymous disse:

    Ora, Portuguêsmente falando:

    fixe (ch)
    (alteração de fixo)
    adj. 2 gén.
    1. Infrm. Que agrada ou tem qualidades positivas (ex.: o livro é muito fixe).
    2. Que inspira simpatia (ex.: os teus colegas são fixes). = SIMPÁTICO
    3. Pop. Que é fixo, firme ou seguro.
    4. Bras. Compacto; inteiriço; maciço.
    interj.
    5. Infrm. Usa-se para exprimir satisfação ou consentimento.
    s. m.
    6. Rectângulo! de madeira ou ferro, sobre rodas, para sustentar a máquina do comboio.

    reboleira
    s. f.
    1. A parte mais densa de uma seara, arvoredo, etc.
    2. Lodo que se acumula na caixa onde gira a pedra de amolar.
    3. Tanchão de castanheiro.

    canastreiro
    s. m.
    1. O que faz, conserta ou vende canastras.
    2. Canastra.

    canastra
    s. f.
    1. Cesta larga e baixa, entretecida de verga.
    2. Bras. Espécie de tatu.
    3. As espáduas, as costas; corcunda.
    4. Gír. Diligência organizada pela polícia para prender gatunos, desordeiros e vadios.

    Mais informações em http://www.priberam.pt

    Abraço da Fátima daqui