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Mathura e Agra

Mathura e Agra
(06.01.2011)

Relato da Pátchima:

Já falei do frio? Ave! Continua!!!


Saímos cedo para chegar a tempo de visitar o Taj Mahal em Agra, à tarde. Aqui na Índia parece que a gente tem que calcular o tempo de viagem estimado e adicionar o dobro pra chegar no tempo real de viagem!!!

corrida dos rickshas!


Como antes de Agra passaríamos por Mathura, cidade onde se diz nasceu Krishna e onde há um templo muito famoso marcando este acontecimento, o Keshav Dev, lá fomos nós com pouco tempo porque o Taj Mahal fechava às 17h!!!! Já passava das 16h!!! À entrada do templo, revista minuciosa em cada pessoa que entra. Muitos policiais fortemente armados circulam pelo templo. Depois fiquei sabendo que com a invasão muçulmana o templo hindu foi destruído e sobre ele foi construída uma imponente mesquita!!! Que aliás estava ali pra todo mundo ver. E ao ladinho foi construído o novo templo dedicado a Krishna. Então parece que de vez em quando os ânimos entre hindus e muçulmanos ficam exaltados. Nossa visita foi bem rápida.

em frente da entrada do templo


Chegamos em Agra, cidade citada nos livros como já existindo no ano 1000 a.C. e hoje contando com mais de um milhão de habitantes. Agra significa “o que está na fronteira da floresta”. Agra está às margens do Rio Yamuna, considerado um dos 07 rios sagrados da Índia e um dos principais afluentes do Rio Ganges.

a revista!


E começa a corrida contra o tempo! Chegamos a tempo de pegar ingresso para a última visita do dia!! Passamos pela revista na entrada e junto com pessoas do mundo inteiro fomos caminhando em direção ao portal principal que dá acesso ao mausoléu da esposa favorita do Imperador Shah Jahan, Aryumand Banu Begam (Mumtaz Mahal ~ ‘A jóia do Palácio’), que morreu ao dar a luz ao 14º filho.





Amigos, é deslumbrante!!!!! Para mim o impacto visual de todo aquele mármore branco foi como se estivesse olhando uma nuvem com formas de um palácio, pairando no horizonte!!! Olha, esse pessoal, especialmente os da dinastia mogol, minha nossa!!! Não economizavam em beleza, estilo, artistas, materiais, planejamento! Há pedras preciosas incrustadas formando lindos desenhos e em todas as paredes estão incrustrados em quartzo textos do Corão relacionados ao bem e o mal, justiça, inferno, paraíso. Os detalhes são muitos. As obras que vimos desde Delhi da dinastia mogol são belíssimas e ricas, mostrando toda a influência persa na arquitetura indiana.




Diz-se que Shah Jahan levou a arte mogol a níveis especialíssimos. Depois de ser deposto pelo filho Aurangazeb e passar o fim de seus dias preso no Forte de Agra, olhando para o Taj Mahal, seus restos mortais foram colocados também no Taj Mahal, ao lado da esposa. Andamos por todo o complexo do Taj Mahal até a hora que apitos começaram a avisar o fim da visita. Inesquecível.

Cf. Também relato da Rosana sobre esse dia!

dhanapala

Este é o blog pessoal de Ricardo Sasaki, psicoterapeuta, palestrante e professor autorizado na tradição buddhista theravada (Upasaka Dhanapala) e mahayana (Ryuyo Sensei), tradutor, autor e editor de vários livros, com um grande interesse na promoção e desenvolvimento de meios hábeis que colaborem na diminuição real do sofrimento dos seres, principalmente aqueles inspirados nos ensinamentos do Buddha. Dirige o Centro de Estudos Buddhistas Nalanda e escreve no blog Folhas no Caminho. É também um dos professores do Numi - Núcleo de Mindfulness para o qual escreve regularmente. Para perguntas sobre o buddhismo, estudos em grupo e sugestões para esta coluna, pode ser contactado aqui: biolinky.co/ricardosasaki

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