Vamos agora entender melhor a função do dhamma. Ajahn Buddhadasa diz:
“Há dois tipos de dhamma: dhamma como ferramenta e dhamma como objetivo desejável de prática. Por exemplo: as Quatro Vias do Poder (iddhipada) são um dhamma como ferramenta; e as Nobres Vias-Nobres Frutos (magga-phala) e o “nibbana” são dhammas como objetivos desejável. Entretanto, alguns dhammas como os preceitos (silas) podem ser classificados em qualquer uma das categorias, dependendo de onde e quando são usados. Um certo dhamma pode ser usado em todos os níveis, tanto mundanos como supramundanos. Por exemplo: sati (vigilância) pode ser usado por um bebê, um adolescente, um chefe de família ou por uma pessoa velha em seu trabalho, tal como na agricultura ou num serviço público. Pode também ser usado por todos, de qualquer geração, qualquer idade, no estágio primário da vida religiosa e nos estágios subsequentes como as Nobres Vias e os Nobres Frutos até o Nibbana”.
Vemos então que dhamma tem várias dimensões e aplicações. O fundamental aqui é que devemos (Dhamma enquanto Dever) entender os dhammas e aplicá-los cada qual em seu devido nível e situação. A vigilância assume um papel fundamental jornada, tanto em seus estágios iniciais quanto nos mais avançados. O dhamma pode ser veiculado em diversas linguagens. A questão essencial é então que saibamos aplicar o Dhamma adequadamente para os diversos tipos de pessoas e situações.