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Caminhos & Buddhas

Na sexta-feira passada conversávamos em grupo sobre a questão dos sobrenomes, iniciada a partir de uma explanação a respeito do sobrenome do Buddha, e sobre como a existência do sobrenome é algo muito moderno na humanidade, sendo os primeiros escolhidos a partir de fenômenos da natureza, como animais e fenômenos naturais, dentre eles diversas árvores. Vários do grupo tinham sobrenomes de árvores, inclusive eu mesmo. Neste artigo de Sensei Amy Hollowell, gentilmente indicado por Margarida, temos o tema da árvore abrindo uma reflexão sobre o papel da abertura no caminho e o lugar da transmissão. Ele começa assim:

À beira de um caminho…

À beira de um caminho que percorro muitas vezes, há uma árvore muito especial. Passo em frente e olho-a, pois esta árvore está completamente aberta. Podemos ver o seu interior. É incrível: está viva, completamente aberta, e cresce em todas as direcções.

Ignoro como é que esta árvore se abriu assim — aliás, o “como” não tem muita importância. Se tivesse crescido sem se abrir, esta árvore seria perfeitamente aceitável, mas o facto de se ter aberto deu lugar a algo de diferente: cresceu de forma múltipla. Esta questão recorrente da abertura fascina-me, e em relação a esta semana de transmissão do Dharma, de uma certa forma, esta árvore encarna isso.

E agradeço a Rafael S. pela indicação tão interessante do Buddhabrot, uma técnica descoberta de fractais que permite a criação de imagens que se assemelham ao Buddha meditando. O conceito inteiro de fractal é bastante interessante, causando uma reminiscência das inspirações pitagóricas a respeito do “número” e de seu papel no universo. Abaixo, uma das imagens que podem ser vistas no link indicado.

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