Uma das melhores coisas em se fazer um retiro no Nalandarama é que mais que apenas um centro de retiros, ou seja, um lugar mais afastado onde passamos alguns dias em meditação e silêncio, é o fato dele ser também um centro de floresta. O contato com a natureza mais rústica sempre foi um elemento incentivado por todos os grandes mestres do passado. Alguns pensavam que era mesmo uma condição essencial para a compreensão profundo do Dhamma. Não aquela natureza disciplinada e tornada dócil de nossos jardins e sítios ornamentados e confortáveis. Mas a natureza pouco retocada, onde é ainda possível ver borboletas azuis (muitas delas nesses dias!) e saguis pulando de galho em galho, mal ver a lua porque semi-escondida por entre a copa das árvores, vivenciar o frio e a chuva, os insetos e os imprevistos naturais de uma vida no campo. Meditar e andar, ouvir e estudar o Dhamma, entoar suttas e silenciar as palavras excessivas. O que mais se poderia desejar para uma vida de Dhamma?