por Achariya Buddharakkhita
Uma característica do mundo moderno é sua civilização massificante com o produto final da histeria em massa, lavagem cerebral, padronização e individualidade atrofiada. O homem tem sido desumanizado por uma super-ênfase no desenvolvimento material. Tornou-se um mero dente de uma engrenagem de uma máquina complexa. A loucura pela especialização levou o homem a saber muito sobre muito pouco. A uniformidade levou a um pensamento rotulado. Assim, não há apenas padronização de produtos, mas também de modos de se viver.
O resultado é a perda da auto-expressão individual. O homem é privado de sua inteireza em seu esforço por ser uma parte do todo. A técnica de produção em massa invadiu sua vida pessoal a custo de seu humanismo.
A real tragédia entretanto é a destruição de valores. A moralidade, este ritmo interior que leva ao desdobramento dos potenciais mais sublimes no homem, é a primeira baixa. Sob a tirania dos resultados práticos, os impulsos mais nobres devem capitular àquela mentalidade que mede e calcula, isto é, à comercialização crescente. Mesmo a menor misericórdia deve estar sob a égide de um programa de auxílio, um comercial. Em tais condições de triste materialismo, a única esperança jaz na cultura da mente e seus potenciais.
A educação, este nobre instrumento para valores, tornou-se um fim em si mesmo, de modo a poder ser comprada e dada unicamente sob a motivação empírica do ganho. Não é mais escada que leva aos frutos de uma árvore magnificente, mas o próprio fruto tornado amargo. O homem tornou-se inteligente, mas na barganha perdeu a sabedoria. Adquiriu tremendo poder, mas sem a sabedoria para usá-lo. Usurpou os tesouros da natureza, mas ficou desprovido da habilidade para utilizá-los.
© Edições Nalanda
tr. Ricardo Sasaki
Ilustração: Donnell Library, The New York Public Library
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caro anônimo, é curioso que vc fale que faltou uma dialética minha e do leitor, e ao mesmo tempo não assine a mensagem (nem mesmo indique qual o tal pequeno pensamento filosofico que faltou – parece que o que faltou foi sua explicação), ou seja, indica a falta de diálogo do outro e ao mesmo tempo assina como anônimo. Além disso, se lesse o texto com atenção veria que não é um texto de minha autoria, mas uma tradução, não havendo assim possibilidade de eu dialogar com o possível leitor (de preferência não-anônimo) em nome do autor.
Acho que faltou um pequeno pensamento filosófico que deve ,manter uma certa dialética sua e do leitor,e acho que não foi totalmente assim com aconteceu a revolução industrial .
Gostei do seu blog, super ótimo.
Fala realmente o que a realidade é em si, ótimo.
Muito bom, parabéns. (:
muito bom seu blog, este texto em particular… coloquei link direto no meu blog. fantástico.
no decorrer da minha vida aprendi a cultivar pessoas, muito mais do que posses, pois afinal o único livro que levamos dessa vida é o nosso livro de memórias. Busco mesclar o conhecimento lido com o conhecimento obtido pelo amor ao próximo,… a Evolução de ambos é um resultado encantador, tanto quanto o texto que acabei de ler.
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