Há alguma coisa de mágico no modo de fazê-lo. Os elementos são tão simples, mas complementados pela dedicação em amassar, pelo quase milagroso trabalho do fermento e pelo ação do fogo, multiplica-se diante de nós um resultado que dá poder aos nossos corpos e cujo sabor e aroma pode levantar nossas almas. Entretanto, o que seria do pão sem o processo de amassar, sem nosso próprio esforço?
Tanto quanto amassar o pão é a presença do esforço humano e da energia de nossas mãos, isso também simboliza tão bem o trabalho e suor que é a herança de todos os homens desde a Queda, quando Deus comandou: “Pelo suor do teu rosto, comerás o pão, até que te tornes à terra” (Gen 3:19). Em contato hoje com um amigo e professor buddhista americano, ele mencionou como alguns professores costumam diferenciar “sem pensamento” (“non-thinking”) de “não pensar” (“not-thinking”). Ao primeiro ele relacionava a ação espontânea da mente livre e sábia, capaz de agir de imediato segundo o momento presente; enquanto ao segundo uma expressão da ignorância.
Muitas pessoas não fazem seu próprio pão porque é trabalho demais. Talvez tenham que aprender a suar seus rostos como uma forma de contrapor a preguiça. Elas podem estar com demasiado “não pensar” e “não fazer”. Entretanto, em um outro nível, todo o amassar é um tipo de expressão do ego e da força de vontade. Fazer pão sem amassar é como a entrega total ao trabalho da própria natureza, sem ego. Ao invés de pensar e fazer, simplesmente deixar que as coisas sigam seu próprio curso. Ação e resultado espontâneos quando as condições simplesmente estão corretas.
₢ A foto acima é o resultado dessa experiência
Olá Lucas! É esse mesmo o pão de que falei (que é diferente da receita que vc colocou, que é de amassar). Fiz uma modificações segundo minha preferência, mas a maravilha da coisa é que não importa o que se faça, sempre dá certo e o pão sai ótimo do forno. Sugiro que vc tente, sim. Ele é chamado “fool´s proof”, ou seja, não tem como errar.
Esse aí é o famoso “no-knead bread”? Está na minha lista de fazeres e amassares – oooops, este não amassa… – faz um tempinho.
Pão é muito bão. Um tempão atrás escrevi um texto, uma carta, a pedido da minha vizinha psicanalista que me demandava a minha receita de pão. Achei ela tão bonitinha que resolvi colocar a serviço público, como patrimônio cultural.
http://www.geocities.com/orchatasecunda/textos/pao.html
Dá gosto de ver o pão saindo cheirando gostoso do forno. Dá pra sentir, literalmente, o teu suor ali.
Abraços e boas fornadas,
Lucas
Olá!!!
Falar em pão é sempre muito bom…seja qual pão for…srsrsr.Gosto de comprar pão e de ganhar pão. Fico muito feliz quando ganho pão de presente.Jamais esqueci das pessoas que me presentearam com um pão feito em casa. Pão lembra união, prosperidade, fraternidade e amizade. Pão é tudo de bom!!
Josane
hummmm botar a “mão na massa” é sempre muito gratificante, ainda que aconteçam acidentes de percurso
ao longo do caminho.
voltando aos pães, vc usa a tecnica
ou macete da bolinha num copo de agua…eu uso duas,no crescimento da massa, e antes do forno qdo os pães já estão formados.
mais tá, podemos trocar receitas, já fui expert em pães..desde o basicão, aquele caipira msm, assado num forno de barro com folha de bananeira…caipira e familia gde adoram desfrutar dessas coisas do ” tempo antigo”… até os mais elaborados com raizes e outras especiarias.
boa idéia, acho que vou amassar alguns ” sem pensamento” …rs
ana
Esse pão parece muito bom, v. pode passar a receita tbém?
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