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Aprendendo a falar português – 2

Alguns devem se lembrar do caso que contei sobre o turista na Austrália atingido por águas-vivas impiedosas. Se o turista fosse português, entretanto, ele não teria preocupações por águas-vivas, pois o que ele estaria realmente de olho seria nas alfurrecas. Atingido pelas alfurrecas, poderia submergir e água entrar por suas narinas, resultando num pirolito. Isso é extremamente criativo, pois quem pensaria criar um nome para o fato de água entrar inadvertidamente pelas narinas ou pelas chavetas! Em choque, isso poderia até afetar sua caixa de pirolitos, ou mesmo vir a esticar o pernil. Saibamos, então, que devemos certamente estar acagaçados com relação a alfurrecas, ainda mais quando estando na Austrália, onde elas dão com o pau, e tendemos a estar distraídos demais adivinhando passarinho novo, por estarmos de férias na praia, para percebê-las se aproximando. Melhor estar em Portugal, apreciando a brisa da noite, talvez a observar cagalumes brilhantes voando na noite.

Aliás, por aqui além dos homens avarentos serem chamados de avarentos, podem também ser denominados de furretas. Isso foi o que descobri quando ontem contei a estória do homem que viveu na época do Buddha, e que de tão furreta deixou seu filho morrer para não ter que gastar com remédios e doutores.

Assim, continuo a aprender a falar português a cada visita a esse tão belo país. Hoje conseguimos terminar com a turma o comentário ao primeiro capítulo do Dhammapada. Amanhã começa o retiro e será hora de conhecer um novo sítio, Cartaxo, há 45 minutos de Lisboa.

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