Ajahn Sumedho tem uma passagem interessante sobre Sangha como refúgio. Ele diz que Sangha são aqueles que vivem de forma virtuosa, fazendo o bem e refreando-se do mal por meio de ações e palavras. Ele diz: “Não tomamos refúgio naquelas coisas em nossas mentes que são pequenas, grosseiras, cruéis, invejosas, odientas, raivosas, mesmo reconhecendo que sejam as coisas que fazemos devido à negligência, por não refletir, por não estarmos despertos, mas apenas reagindo às condições. Tomar refúgio na Sangha significa no nível convencional fazer o bem e refrear-se do mal por meio de ações corporais e verbais“.
Hoje escutamos constantemente sobre o fluir com o momento, seguir as ‘intuições’, jogar-se aos sentimentos. Para o Buddhismo, esse “reagir às condições” nada mais é que ser guiado pelas camadas mais instintivas, apaixonadas e ignorantes da mente, sustentadas, no entanto, sob o pretexto de pensar a si mesmo como ‘moderninho’, seguindo o ‘fluir com o momento’. Refugiar-se na Sangha é a atenção à forma virtuosa, o cuidado com os outros, o aquecimento do coração.