Excelente entrada publicada hoje no Pico da Montanha. Enquanto arquétipos, Judas e Devadatta permeiam a história da humanidade. O autor delineia quatro etapas do processo de “judaização/devadattação”. As quatro são, ademais, bastante conhecidas, na prática, por qualquer um que já se encontrou em alguma posição de liderança.
Tudo começa com o culto apaixonado. É a fase do enamoramento, quando elogios exagerados começam ocorrer, o indivíduo tenta ajudar, se dispõe para aquilo que é necessário, está presente, se oferece para assumir funções, não perde uma oportunidade para aparecer e ‘dizer’ estou aqui e te admiro. Por trás disso estão uma inveja e um querer ser o próprio ser admirado em sua personalidade, função, posição ou capacidades. Por vezes, incapaz de ser aquilo/aquele a quem se admira, a solução encontrada é estar perto de alguma forma, comportar-se como ele, pesquisar sua vida, imitar seu jeito e maneirismos, ou mesmo se aproximar daquilo/daqueles que são próximos de seu admirado.
Por vezes isso tem também a expectativa de ser eleito como “favorito”, ter vantagens, retribuições. O que ocorre é que, se negado dos “privilégios” secretamente esperados, a inveja se manifesta como intriga, ódio e/ou mentira. Não podendo ser idêntico ao objeto admirado, resta o caminho da reunião dos aliados, aliança com elementos opositores que geralmente compartilham do mesmo sentimento de amor/ódio, intrigas e venenos. Num nível já psicopatológico e violento, chegamos à situação tão bem expressada por Patricia Highsmith em o Talentoso Mr. Ripley, em que mostra o quão longe alguém pode ir para tentar ser um outro.
“Schadenfreud”
Que sejamos livres de schadenfreud!!!
Maya
Excelente aprofundamento do post do picodamontanha, principalmente por sua análise psicológica, ( não fora Dhanapala o redator!)
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