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A vida numa ermida é diferente da vida em um mosteiro

Que boa descrição! Lembra-me ‘Insight pelo Método Natural’ que Ajahn Buddhadasa tanto favorecia.

O que você fazia diariamente?

A vida numa ermida é diferente da vida em um mosteiro. nas montanhas você segue seu próprio ritmo. É mais difícil do que parece. Manter sua prática sem os sinos e batidas usados para marcar os horários nas comunidades organizadas. Num grande local, como de meu mestre, as atividades grupais não são organizadas, mas acontecem quando são necessárias. Comemos juntos e algumas vezes trabalhamos juntos. Tarefas usuais são uma distração recebida com boas-vindas, uma quebra em relação à almofada de meditação ou um descanso para os olhos em relação à leitura. Além de meditar, ler e trabalhar, eu me sentava no quarto de meu mestre e o enchia de perguntas. Comíamos laranjas e bebíamos chá. Conversava com ele sobre coisas que estavam acontecendo em minha vida e ele me ajudava a aplicar os ensinamentos do Buddha nesta vida diária, minha vida de ‘poeira vermelha’. Algumas vezes conversávamos sobre o que estava acontecendo no mundo. Escrevíamos poemas conjuntamente. Ruins, em sua maioria. Eu vagava pelas montanhas a fim de observar os pássaros, eu colhia vegetais selvagens para o jantar. Havia muito o que fazer“.

Uma entrevista com Edward A. Burger, diretor de Amongst White Clouds, sobre o documentário a respeito dos eremitas da Montanha Zhongnan.