Em termos práticos, no entanto, a rotina diária do aspirante a bodhisattva ou a arahant eram as mesmas. Ele ainda deveria seguir os preceitos morais, cultivar as virtudes do esforço, generosidade, doação, compaixão e disciplina e, havendo tempo e disposição, se engajar em práticas meditativas e estudo do Dharma. O Sāriputrakṣama Sūtra, um manual do começo do Mahāyāna (100-250 d.C.), por exemplo, incentiva a prática dos cinco preceitos (sīllas) e das seis virtudes (pāramīs). Os primeiros textos mahāyānas não diferem dos sūtras antigos no tocante ao que o praticante deve cultivar.
Por volta desse primeiro século d.C., o conceito de bodhisattva passou a ser usado mais ativamente também para incentivar os reis a apoiarem as iniciativas de sustentação do Buddhismo. Já no cânon, Siddhartha Gautama aparece como tendo dois destinos possíveis: o de rei universal, caso continuasse no palácio, ou de Buddha, caso optasse pelo abandono da vida no lar. Siddhartha optou pela segunda via, mas a possibilidade de alguém altamente desenvolvido poder assumir a regência do mundo era uma imagem forte demais para ser abandonada e continuou a inspirar os nobres das castas reais por muito tempo.
O cakravartin, rei universal, passou a ser o modelo de atuação para muitos reis, e textos (chamados também de sūtras, como os textos originais antigos) foram escritos para prover um apoio religioso para sua inspiração. O Karuṇāpuṇḍarika Sūtra, por exemplo, defenderá que um rei que se torna patrono do Buddhismo será capaz de ajudar enormemente a expansão do Buddhadharma, provendo condições materiais em um nível que pessoas comuns não têm condição de fazer. O rei é capaz de fazer a maior oferenda (dāna) de todas, se qualificando, assim, como um forte postulante no caminho do bodhisattva. No Mahāvaipulya Mahāsannipāta Sūtra, o rei passa a ser, por suas doações materiais, um doador do nirmāṇkāya do próprio Buddha. Daí vem a identificação crescente da figura do bodhisattva com as roupagens dos reis. Enquanto que no cânon antigo é justificável o bodhisattva ser imaginado com roupas reais, pois Siddhartha Gautama era um príncipe antes de abandonar a vida real, agora a iconografia do bodhisattva claramente passava a vesti-lo com essas roupas como modelo indicativo para todos os reis que decidissem sustentar o Buddhismo. Adotando esse modelo, tais reis efetivamente se sentiam como trilhando o caminho do bodhisattva e chegaram a construir estátuas de cakravartins nos templos e mosteiros buddhistas, uma prática generalizada nos séculos quatro e cinco d.C. Os diversos reis da Ásia Central e da China também se engajaram em traduzir e divulgar pelos quatro cantos de seus reinos os novos sūtras que divulgavam o conceito de cakravartin.