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Como você lida com seus erros?

Como lidamos com nossos erros? E com os erros dos outros? Haveria uma forma melhor de lidar com eles, uma forma que não nos leve para baixo, uma forma que nos eleve na compreensão? Ao invés de ficarmos presos em nossos condicionamentos destrutivos e autodestrutivos podemos parar e nos fazer perguntas que nos levem à compreensão. Confiram a dica do professor de dharma Godwin Samararatne sobre isso:

Mais e menos

Você pode ter uma conversa bastante amigável consigo mesmo. Você pode se perguntar de maneira bastante amigável: “O que foi que eu fiz? Por que isso aconteceu comigo?”; ao invés de: “Eu não deveria ter feito isso”. O último pensamento é um grande “menos”. Tente entender o porquê de você ter se comportado de tal maneira. Desta maneira, você poderá realmente aprender com seus erros, sem se dar um grande “menos”. É como se você se desse uma grande “mais”, porque, a partir do momento em que você se torna mais consciente de seus erros, você pode aprender com eles. Você pode, até mesmo, se alegrar com eles. Desta maneira, você entende a importância da bondade amorosa. Da mesma forma que você se relaciona com seus erros, você pode se relacionar com os erros das outras pessoas.

Contudo, a nossa força autodestrutiva pode ser tão forte que pode tornar difícil sermos amigos de nós mesmos. Os sentimentos autodestrutivos podem, de verdade, nos sobrepujar. É por isso que a consciência é tão importante na prática meditativa. Quando você percebe que possui essa tendência autodestrutiva, e que esse aspecto surge juntamente com os “menos”, você pode percebê-lo imediatamente. Você percebe que é uma tendência muito forte, um condicionamento muito forte, um hábito. É importante perceber que é apenas um hábito, é apenas um condicionamento. Não está representando algo real. Quando você o vê como um hábito, você não lhe dará muito poder e energia, como faria no caso de algo real.

Um exercício bastante interessante é se perguntar diariamente: “Quantos ‘menos’ eu me dei hoje?”. Então, tente ver também as diferenças entre os diversos “menos” que você está se dando: grandes “menos” ou pequenos “menos”. Por fim, ao invés de se sentir mal, você pode rir disso. Assim haverá leveza e, até mesmo, alegria. Na prática da meditação acho que é muito importante que trabalhemos com nós mesmos de uma forma leve e proveniente do coração (mesmo que seja com as nossas deficiências), ao invés de uma forma pesada, nos punindo, ou de uma forma demasiadamente séria e intensa“.

Nosso agradecimento ao Oscar S. por atender ao convite para traduzir este trecho.
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