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“Enfatizo a importância de se sentir grato. Acho que é evidente a importância de se ter essa qualidade espiritual. Quando eu estava em Bodhgaya, lugar conhecido como aquele em que o Buddha se tornou iluminado, eu estava refletindo sobre o que se sabe a respeito do que o Buddha fez depois de ter atingido a iluminação. Uma das coisas que são lembradas é que ele contemplou por sete longos dias a árvore Bodhi, que lhe dera abrigo. Sem fechar os olhos para dormir, ele ficou olhando para a árvore, mostrando sua gratidão. Muitas vezes nossa boa sorte passa batida. Encaramos como a coisa mais natural do mundo termos olhos para ver, ouvidos para ouvir e comida para comer.
Quando isso foi mencionado em Nilambe, o centro de meditação onde moro, uma monja da Tailândia levantou um ponto muito interessante. Ela disse que não devemos nos sentir gratos apenas pelas coisas positivas, mas também devemos nos sentir gratos pelos desafios, pelas oportunidades que a vida oferece para trabalharmos com nós mesmos. Assim, por exemplo, quando ficamos com raiva, podemos nos sentir gratos por termos a oportunidade de estudar a raiva. Às vezes, quando temos dor física, começamos a odiar a dor e o corpo, mas é possível, ao invés disso, nos sentirmos gratos. Podemos torná-la um objeto de nossa meditação. Desta forma aprendemos a ser gratos por coisas positivas, pelas bênçãos que temos, e também podemos ser gratos pelas as situações difíceis que enfrentamos, porque elas podem ser experiências de aprendizagem muito valiosas“.
Um ensinamento do prof. de dharma Godwin Samararatne, traduzido por Rosana B..