“Quando você reage você abandona seu poder. Quando você responde você se mantém em controle de si mesmo”. |
Um ensinamento do prof. de dharma Godwin Samararatne, traduzido pela equipe de tradução do Centro Buddhista Nalanda:
“Existem duas palavras muito importantes: reação e resposta. Reação é uma reação emocional a uma situação. Resposta é fazer algo significativo, fazer algo criativo sem reação emocional. Assim, vocês podem ter uma espécie de diálogo com pessoas irritantes de uma forma muito amigável, aberta, tentando compreender seu comportamento. Mas isso deve ser feito de uma forma muito habilidosa em vez de falarem de uma forma irritada, de um modo crítico, como se vocês estivessem pensando que vocês estão certos e que as pessoas estão erradas. Naturalmente, há uma reação hostil a isso.
Nunca devemos estar convencidos de nossa virtude na vida. Quando você vê os erros de outras pessoas, sem ficar convencido, por vezes, você pode dizer: ‘Eu posso não ter cometido aquele erro, mas posso cometer erros ainda piores, ter pensamentos errados na minha mente’. Então, quando você vê coisas erradas você se relaciona com as fragilidades humanas de uma forma totalmente diferente.
Por isso, é bom ter um diálogo com essas pessoas e apenas levá-las a refletir sobre o que está acontecendo com elas. Isto pode funcionar, e pode não funcionar. Se funcionar, tudo bem; e se não funcionar, você deve ser capaz de ver as fragilidades humanas e apenas entender que esta é a forma como as coisas são. Então, eu gostaria de enfatizar mais uma vez a importância de levar a pessoa a ver o que ele ou ela está fazendo, de levar a pessoa a refletir tanto quanto possível pondo questões, em vez de impor a sua opinião sobre as outras pessoas.
E eu também gostaria de sugerir que, em tais situações, sem ser hipócritas, honestamente digam a tais pessoas: ‘Eu tenho certeza de que tenho falhas em mim e estou cheio de imperfeições, porque eu ainda não sou uma pessoa iluminada, mas estou curioso para saber o que faz você fazer isso? Isso pode tocar as pessoas profundamente ao invés de tocar de modo falso“.
Reagir, consciente ou de forma inconsciente, é o que acontece a todo instante – estejamos atentos a isso ou não. Como nos estímulos que não se transformam em percepções sensíveis, ou quando os estímulos extrapolam os limites dos órgãos do sentidos etc..
A todo momento somos desafiados pelo que é novo, fresco e viçoso enquanto nossos cérebros nadam nas reminiscências do que é conhecido. De repente nasce o inescapável conflito do novo-velho, vida-cérebro, impermanência-permanência, que expõe aquele que é criado pelo pensamento – o pensador – e arrasta as crenças e suposições nesta correnteza chamada desafio presente.
Sem o desafio das situações viveríamos presos numa rotina entediante e sequer despertaríamos do “sono” da ignorância.
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