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A tolice do eu

Uma das palavras mais importantes de toda a doutrina buddhista é talvez uma das mais desconhecidas: idappaccayatā. Tan Ajahn diz que: “Os quatro significados de dhamma – natureza, leis da natureza, deveres de acordo com as leis da natureza e os devidos resultados – estão todos incluídos no significado único da palavra Idappaccayatā (a Lei da Condicionalidade)”.

Uma vida ‘contemplativamente buddhista’ poderia facilmente ser delineada como se baseando nesses quatro itens, culminando com a plena apreensão de Idappaccayatā. Se conseguirmos ver todas as coisas (objetos externos e internos, pessoas e situações) sob o prisma dos quatro significados do Dhamma, saberemos como realmente tudo é, bem como nossa função ou dever a cada momento. Doutrina, prática e preceitos estão todos incluídos aí.

A partir da lei da condicionalidade, ‘isto sendo, aquilo é’, compreendemos a estupidez dos conceitos de posse e propriedade, incluindo a posse do próprio ‘eu’. Ajahn Buddhadasa conclui: “Não se agarrem ou se prendam ao dhamma como sendo ‘eu’ ou ‘meu’, pois isso os machucará; essa é a conclusão chegada pelo Buddhismo”. Uma vez que tudo depende de outros elementos para sua existência, ‘eu’ e ‘meu’ são apenas conceitos tolos sem base na realidade.

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