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Bushland

11 de setembro. Quatro anos se passaram desde que o mundo viu a queda das torres gêmeas e com elas a arrogância estadunidense, que sempre se julgou no direito de intervir e destruir qualquer coisa fora de suas fronteiras que julgasse “do mal”. A política intervencionista não mudou, no entanto. Pelo contrário. A “polícia do mundo” se tornou ainda mais presente, cada vez mais justificada pelo fundamentalismo pseudo-cristão que apóia o país de Bushland. Na imagem acima temos a manchete saída no britânico Guardian Unlimited com relação ao furacão Katrina. Obrigado pela dica AL! A manchete diz: “Bush: um dos piores desastres ocorridos nos EUA”. Ainda não se sabe se o editor da matéria não soube escrever direito, ou se é o mais esperto e inteligente de todos.

Com a catástrofe agora do Katrina, e a mostra evidente da incompetência da administração de Bushland, um dos assuntos mais falados nos espaços ‘espirituais’ é se as vítimas, do furacão (Katrina), e de Bin Laden e do intervencionismo estadunidense (torres gêmeas) mereceram o que tiveram. Os fundamentalistas pseudo-cristãos falarão que tudo se deve ao pecado do homem ou que ‘Deus’ sabe o que faz. Os fundamentalistas pseudo-buddhistas, ou quem sabe, apenas ignorantes com relação ao Dhamma, apressam-se a levantar relações entre os desastres e a doutrina do kamma (skr.karma). Afinal, tudo o que nos acontece é devido ao karma, não? Esse erro ingênuo, que não cansamos de apontar como sendo completamente alheio ao verdadeiro Dhamma, será tratado no excelente artigo de amanhã, a aparecer na página do Nalanda sob a pena de Santikaro. Afinal, vítimas de desastres são culpadas pelo que lhes acontecem? Fizeram por merecer? Existe algo como kamma coletivo?

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