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O ritual no Zen e o cérebro

Um trecho do texto integral que pode ser encontrado aqui.

Dōgen continua: “Zazen é a manifestação da realidade última. As armadilhas das redes do intelecto não podem atrapalhar”. Conforme diz Paula Arai em seu ensaio sobre os rituais das monjas SotoZen[1][5], “A mente racional pode entender a inter-dependência, porém só este conhecimento é insuficiente para produzir a sensação…. a compreensão intelectual tem demonstrado ser impotente para prover mudança emocional”, Este é o motivo pelo qual, mesmo que creiamos ter comprendido, nosso comportamento não se transforma. Apesar de estarmos concientes, de que se mudamos nossa resposta impulsiva como ciume ou ira, poderiamos levar uma vida mais harmônica, não é nada fácil mudar tal resposta. Para que se possa dar uma verdadeira mudança é necessário atravessar processos físicos nos quais passemos primeiro por uma experiência e em seguida a compreensão seja obtida como pensamento racional ao invés do contrário.

Por este motivo, nos processos de transformação profunda o importante é a repetição. Por meio dela podemos transformar aquilo que é endossado pela repetição inconsciente. A diferença é que nos processos rituais, o indivíduo se submete ao consciente liberando-se da necessidade compulsiva de recompensa. Com base em estudos realizados em praticantes de meditação ou de oração profunda, a neurologia tem demonstrado que quando um indivíduo repete uma atividade de forma contínua, o sistema-límbico(uma de suas funções principais é integrar o meio interno com o externo antes de realizar uma conducta) se sobrecarrega e usa mecanismos de outras estruturas cerebrais para funcionar adequadamente“.

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