Então, são cento e um monges (destes uns dez estrangeiros), dez monjas siladharas (uma thailandesa) e dois líderes buddhistas laicos (um birmanês e um brasileiro) presentes neste ano para a maior entrega anual de títulos religiosos do país e talvez do mundo theravada.
O local espaçoso onde se dará a cerimônia fica ao lado de uma imensa stupa, a Upatasanti Stupa (pagoda), cuja altura é apenas 30 cm mais baixa que o mundialmente famoso Swedagon Pagoda de Yangon. Estarão presentes todo o alto escalão governamental, e os muitos patronos têm se esforçado para oferecer acomodações confortáveis e refeições deliciosas. A cerimônia de outorgação se dará à tarde e pela manhã houve a entrega de livros contendo foto e uma biografia daqueles que passarão pela cerimônia ~ em birmanês, claro. Tudo isso ocorre na nova capital birmanesa, Nay Pyi Taw, que muito poucas pessoas já tiveram oportunidade de conhecer, pois é uma cidade ainda em construção e primariamente governamental. Yangon (até pouco tempo a capital) e Mandalay (capital antiga do reino) continuam sendo mais populosas em número.
Manhã tranquila, laicos apareciam para fazer doações a alguns dos monges presentes para a cerimônia. Quem não veio preparado submeteu-se a um passeio pelo mundo da moda birmanesa, pois acharam melhor que fosse vestido a caráter. Nay Pyi Taw fica num platô, bem aberto e bem quente também. Agora, imaginem 40 graus com três camadas de roupas e um chapéu.
Horas depois, à tarde… agora é entrar no carro e ir em direção à stupa…
A segurança é muita. Hoje também é uposatha e haverá muitos visitantes…
A hora se aproxima, são centenas de pessoas no salão, parasóis brancos imitando árvores com folhas douradas pendentes lembram a Árvore da Iluminação, e logo uma fileira de theras dos mais sêniors do país entram no salão ao som de uma música tradicional. No dia anterior já havia acontecido um ensaio, então todos sabiam o que deviam fazer e quando. O caminho de todos é passo a passo, cuidadoso, alerta. Lembra-me o querido Maha Ghosananda, com sua paz passo a passo. Realmente não há porque correr. Tudo bem feito é para ser construído um passo de cada vez. E quando mal se percebeu, um edifício foi construído. Assim é com tudo na vida.
Depois da cerimônia, com presentes na mão e câmera noutra, uma volta pela stupa lá fora. Aqui, explodindo em luz…
Aqui os arredores e num outro ângulo..
Parabéns, professor!! 🙂
Marcelo
Caxias do Sul/RS
Quero ver algumas stupas como esta no Brasil!
Emocionantes as descrições.
Esta estupa deve ser aquela famosa que estava no cartão que o Bhante nos deu.
Obrigado por compartilhar da viagem.
Abraços,
Daniel
Obrigado pelas fotos e pela partilha e parabéns! É muito bom estar, de alguma forma, em conexão com esta forma de tratar o Buddhadhamma!
Linda stupa! E a cerimônia parece que foi linda tbem. Parabéns a todos e em especial ao nosso professor!!!Pena que não houve fotos da cerimônia.
abs. Fátima
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