Lembrando o Gandhi do Camboja:
– Maha Ghosananda, “Somos Nosso Templo”, do livro “Passo a Passo – Meditações sobre a Sabedoria e a Compaixão” © Edições Nalanda, 2009
A revelação recente sobre o apoio de altos escalões do partido democrático à decisão do presidente Richard Nixon de enviar tropas norte-americanas e sul-vietnamitas ao governo cambojano e continuar seus ataques de “bombardeamento secreto” me fez reler “Maha Ghosananda: O Buddha do Campo de Batalha” de Santidhammo Bhikkhu. Suponho que eu estava à procura de alguém que houvesse descoberto um caminho não-violento através da insanidade da guerra e de sua horrível violência.
A edição de 24 de junho do Washington Post relata que, quando Nixon telefonou ao senador John Stennis (D-Mississippi), na época parte do Comitê do Exército, em 24 de abril de 1970, para informá-lo de seus planos para o Camboja, Stennis respondeu: “Estarei com o senhor … eu o congratulo pelo que está fazendo”. Parte daquilo que Stennis “o congratulava” já estava acontecendo, como relatado na edição do Cambodian Daily de 18 de março de 2009: “Entre 18 de março de 1969 e 15 de agosto de 1973, bombardeiros norte-americanos, bombardearam massivamente, por vezes indriscriminadamente, o ‘neutro’ Camboja, matando civis, pulverizando a zona rural e empurrando a nação ainda mais profundamente na direção do conflito no vizinho Vietnã. Estima-se que as mortes variam de tão poucos como 5.000 a mais de meio milhão”.
[continua…]
© escrito por Anna Brown, Waging Nonviolence
© traduzido por Dhanapala sob permissão da autora