Em breve o mundo buddhista comemorará Vesak, a maior das datas no Buddhismo, que celebra o Nascimento, Despertar e Panibbana do Buddha. Em 1986, o então secretário-geral das Nações Unidas, Javier Perez de Cuellar falou o seguinte:
“Para os buddhistas de todos os cantos essa é, de fato, uma oportunidade auspiciosa, enquanto se comemora o nascimento, iluminação e passamento de Gautama Buddha, celebra-se sua mensagem de compaixão e devoção a serviço da humanidade. Essa mensagem é hoje talvez ainda mais relevante do que antes. Paz, entendimento e uma visão da humanidade que vai além das diferenças nacionais e internacionais são coisas essenciais a fim de lidarmos com as complexidades da era nuclear. Essa filosofia jaz no coração da Carta das Nações Unidas e deveria ocupar um lugar proeminente em todo nosso pensamento, especialmente durante esse Ano Internacional pela Paz“.
Atendendo a essa afirmação de Javier de Cuellar, buddhistas se reuniram em novembro de 1998 para uma Conferência Internacional Buddhista no Sri Lanka, e pediram às Nações Unidas que reconhecesse o dia de Vesak como feriado nas Nações Unidas, com base de que ele é o dia mais sagrado para os buddhistas. Tal atitude da ONU, eles disseram, constituiria o reconhecimento internacional da contribuição que o Buddhismo – uma das mais antigas religiões no mundo – fez no decorrer de dois milênios e meio, e continua a fazer para a espiritualidade da humanidade.
Assim, em 28 de outubro de 1999, representantes de Bangladesh, Butão, Camboja, Índia, Laos, Maldivas, Mongólia, Myanmar, Nepal, Paquistão, Filipinas, Coréia, Espanha, Sri Lanka, Thailândia e Ucrânia ficaram como responsáveis de entregar esse pedido ao Presidente da Assembléia Geral da ONU, no que foram prontamente atendidos. A partir de então a observância do Vesak começou a ocorrer na sede da ONU e em outras de suas esferas, bem como nos escritórios das Nações Unidas nos países buddhistas.
[continua]