Nós, pessoas normais que sempre nos vemos como um lótus submerso, não sabemos como podemos alcançar Lokuttaradhamma. O Buddha disse que todos têm um direito à iluminação. Histórias do tempo do Buddha ilustram sua palavra. Alguém que mata como Angulimala, que rouba como Khujjutra, que está em desespero extremo como Kisa Gotami, que é lerdo como Culapanthaka, que é avaro como o filho de Anathapindika, cada um deles tornou-se iluminado de uma certa forma: pessoas de todos os tipos, mesmo aquela que no tempo do Buddha cortou seu pescoço para cometer suicídio, mas que no último segundo atingiu a iluminação. Todas as histórias nos encorajam no sentido de que, com esforço e bons amigos, podemos ser iluminados também. Assim, no segundo aspecto, o Buddha é nosso guia.
Em terceiro lugar, ele é nosso professor. Ele sempre incita-nos a que prestemos atenção ao Dhamma. Uma vez ele expulsou 500 jovens monges que eram muito malcriados e ruidosos. Mas depois reintegrou-os de volta e os ensinou. Ele perguntou então o que Sariputta e Moggallana pensavam sobre sua ação. Sariputra disse que se o Buddha permanecesse indiferente sobre aquele assunto, ele também seria indiferente e só praticaria para a sua própria felicidade. Mas Moggallana disse que se o Buddha permanecesse indiferente, ele e Sariputta ajudariam compartilhando o seu fardo. Sua resposta foi apreciada.
É digno de nota que hoje em dia muitos monges adotem a atitude de laissez-faire (não intervenção), como Sariputta, quando problemas surgem. Mas o Buddha nunca concordou com tal postura. Ao contrário, ele encoraja que os seus seguidores empreendam em ação corretiva.