“Ajahn Buddhadasa gostava de dizer que o Dhamma era difícil de ser entendido devido ao fato de a linguagem ser insuficiente, isto é, porque expressamos através de palavras, que são basicamente dualísticas, limitadas e sem precisão. Os significados, também, são muito subjetivos e diferentes pessoas querem dizer coisas diferentes apesar de utilizarem a mesma palavra. Uma mesma pessoa pode querer dizer coisas diferentes à medida que o humor e outros fatores se modificam“. Ajahn Santikaro
Uma das características marcantes do ensinamento de Tan Ajahn Buddhadasa era, de fato, sua ênfase nos dois tipos de linguagem buddhista. Ele costumava dizer: “Uma pessoa que não entende tanto a linguagem cotidiana quanto a linguagem do Dhamma, carece de discernimento, aquela qualidade que o Buddha se referia quando dizia: ‘Aquele que está familiarizado com os vários modos de expressão é um homem sábio’ e ‘Um homem sábio está familiarizado com ambos os modos de expressão’.”
Infelizmente, muito do Buddhismo atual está completamente voltado para a linguagem cotidiana, e interpreta seus textos e escrituras da mesma forma. Tomemos, por exemplo, a palavra “ego” ou “eu”. Buddhistas atualmente entendem a palavra como se estivesse se referindo ao indivíduo que vive uma vida do nascimento à morte. A esse indivíduo atribuem, como é costume no Buddhismo, as caracterísitcas de impermanência e não-substancialidade. Assim, o “indivíduo” morrerá um dia, provando a impermanência. E como ele está relacionado e é sustentado no decorrer da vida por múltiplas condições, então está definida a não-substancialidade. Mas esta é apenas a linguagem cotidiana, mundana. Na linguagem do Dhamma, “eu” se refere a uma noção mental, a uma idéia de que existe um “eu” que é sentido como permanente e eterno. É uma noção instantânea e fugaz que surge e desaparece a cada momento, que, aliás, é o sentido, na linguagem do Dhamma, de nascimento e morte.
Uma das características marcantes do ensinamento de Tan Ajahn Buddhadasa era, de fato, sua ênfase nos dois tipos de linguagem buddhista. Ele costumava dizer: “Uma pessoa que não entende tanto a linguagem cotidiana quanto a linguagem do Dhamma, carece de discernimento, aquela qualidade que o Buddha se referia quando dizia: ‘Aquele que está familiarizado com os vários modos de expressão é um homem sábio’ e ‘Um homem sábio está familiarizado com ambos os modos de expressão’.”
Infelizmente, muito do Buddhismo atual está completamente voltado para a linguagem cotidiana, e interpreta seus textos e escrituras da mesma forma. Tomemos, por exemplo, a palavra “ego” ou “eu”. Buddhistas atualmente entendem a palavra como se estivesse se referindo ao indivíduo que vive uma vida do nascimento à morte. A esse indivíduo atribuem, como é costume no Buddhismo, as caracterísitcas de impermanência e não-substancialidade. Assim, o “indivíduo” morrerá um dia, provando a impermanência. E como ele está relacionado e é sustentado no decorrer da vida por múltiplas condições, então está definida a não-substancialidade. Mas esta é apenas a linguagem cotidiana, mundana. Na linguagem do Dhamma, “eu” se refere a uma noção mental, a uma idéia de que existe um “eu” que é sentido como permanente e eterno. É uma noção instantânea e fugaz que surge e desaparece a cada momento, que, aliás, é o sentido, na linguagem do Dhamma, de nascimento e morte.