Patchima:
Parte do grupo ficou na ilha. Seguimos para Suan Mokkh. Os grupos irão se encontrar amanha à noite em Chumphom para tomarmos o trem que nos levará até Bangkok. Viajamos praticamente o dia inteiro para chegar em Chaiya, cidade onde está o mosteiro. Chegamos em frente ao portão do mosteiro por volta das 16h30. Leve chuva. Professor foi recebido por um monge, assinamos livro de visita e recebemos as chaves de nossos quartos. Provavelmente cada um de nós tinha uma idéia do que seria Suan Mokkh. Ficaremos por 24 horas visitando este mosteiro que cf. o professor comentou foi criado para sustentar o budismo numa atmosfera pacífica e símbolo de que podemos viver e estudar os ensinamentos num ambiente muito parecido ao tempo do Buddha.
O quarto é como se estivéssemos no Nalandarama. Aqui, diferente de lá, não há colchão. Fizemos uma rápida visita às instalações do mosteiro. Professor foi nos orientando. O lugar é lindo. E tudo muuuuito simples. Muitas árvores. Em alguns momentos muitos de nós comentamos sobre a semelhança com o Nalandarama. Professor fez uma pequena introdução sobre o que é Suan Mokkh e falou sobre a vida de Ajahn Buddhadasa. Depois fomos caminhando, apreciando o lugar e ouvindo o professor. Há espalhado por todo lado placas de cimento com dizeres para as pessoas lembrarem do dhamma. Há também reprodução de arte hindu feita pelos monges daqui. Esta atividade era muito estimulada por Buddhadasa. Estivemos no local onde Buddhadasa recebia as pessoas para conversas. Ali há uma imagem dele, em tamanho natural, em cera. É perfeita! Fomos até a sala onde antes se guardava toda a obra dele. Atualmente, além de algumas obras, há uma estupa onde estão parte das cinzas e dos ossos de Buddhadasa.
Soubemos que está em andamento um projeto para reunir toda a obra num grande espaço em Bangkok. Logo em frente está o local onde ele dava ensinamentos ao ar livre. Um lugar que lembra um anfiteatro a céu aberto e onde, ainda hoje, as pessoas se reunem para ouvir o dhamma e para as recitações pela manhã. Já começava a escurecer e fomos caminhar pela floresta. Passamos pela antiga sala de meditação, de um período onde ali aconteciam os retiros. Nesta época o professor vivia por aqui. Relembrou sua passagem e atividades que chegou a desenvolver. A atmosfera aqui em Suan Mokkh é de silêncio e respeito. Tudo parece concorrer para a não dispersão. À noitinha a maioria do grupo foi tomar banho nas piscinas naturais de água quente que estão localizadas dentro da área internacional (do outro lado da estrada). Amanhã tem mais. Agora vamos ver como é isso de dormir sem colchão….