Não é a vida interessante? Nas intrincadas tramas da vida, cada ação que temos, por menor e mais discreta que seja, míriades de consequências. Em nossa ilusão, pensar que tudo continua o mesmo, não ver a diferença do hoje para o ontem, do hoje para o amanhã, ilusão de permanência, de que nada muda, mesmo em nossas ações, palavras e pensamentos. Cada ação, um ganho. Cada ação, uma perda. Mais e menos. Nunca igual, cada ação totalmente nossa responsabilidade. Cada resultado, imprevisível, parte do jogo, parte de múltiplas tendências e influências, inalcançável. Cada escolha feita, a necessidade de estar conscientes de que ganhamos e perdemos ao mesmo tempo, as coisas mudam, nunca para serem de novo as mesmas, nem no mundo nem em nossos corações. Quiséramos mudar, acrescentar, possuir, mas incluindo apenas o que desejamos e sem nada do resto mudar. Não seríamos ingênuos em pensar que cada ação nossa apenas implica em proveitos? Castelos de areia, levantando-se e ruindo-se. Nos caminhos tortuosos da vida, observar o mundo transiente, beleza e ocultamento, equanimidade e turbulência, no instante observando apenas as coisas que vem e vão, como nossa respiração…
…como as folhas que crescem e caem. Como entendê-las? Não deixar os caminhos cheios do que acaba por pesar em nós? E nos alegrarmos em saber, de fato, que não há felicidade no mundo?
Amigo Fernando, por vezes acordamos inspirados, noutras vezes as circunstâncias nos dão um empurrão. Nada realmente é o mesmo de um dia para outro. Por vezes as mudanças nos tirando do tédio, noutras vezes a sucessão de surpresas nos levando ao entendiante ‘já vi isso e vamos nós de novo’. Ainda que nem sempre estejamos vendo as diferenças… que existem existem, sempre nos surpreendendo a cada curva…
Belo texto!
Professor acordou inspirado, hein?
Excelente texto, Ricardo… várias mudanças ocorrendo e a mente samsárica esquecendo de olhar atentamente o Dharma nos ensinado a cada momento.
Sabbe Satta Sukhita Hontu
Fernando
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