“Virtuosa Audiência, em meu sistema (Dhyana) Samadhi e Prajna são fundamentais. Mas não fiqueis sob a errada impressão de que estes dois são independentes um do outro, porque eles são inseparavelmente unidos e não duas entidades. Samadhi é a quintessência de Prajna , enquanto Prajna é a atividade de Samadhi. No mesmo momento que atingimos Prajna Samadhi está presente; e vice-versa. Se vós entenderdes este princípio, ireis entender o equilíbrio entre Samadhi e Prajñā. Um discípulo não deveria pensar que existe uma distinção entre ‘Samadhi gera Prajna’ e ‘Prajna gera Samadhi ’. Sustentar tal opinião implicaria em considerar que existem duas características no Dharma.
Para aqueles cujas línguas estão preparadas com boas palavras mas cujos corações estão impuros, Samadhi e Prajna são inúteis porque estes mutuamente não se equilibram. Por outro lado, quando somos bons tanto na mente assim como nas palavras, e quando nosso comportamento externo e nossos sentimentos internos harmonizam-se entre si, então temos o caso de equilíbrio entre Samadhi e Prajna“.
– Sutra da Plataforma, VI. Patriarca Hui Neng, trad. Cláudio Miklos, © Edições Nalanda, 2009
Pois é. Também atribuo isso às influências “hippies”. Isso se aliou à confusão o que criou um terreno propício para aqueles que queriam combinar o zen com suas próprias atitudes e desejos. Felizmente uma nova liderança tem surgido, dando esperança para o futuro do zen no país. Obrigado pela participação!
A prática inicia pelos preceitos, talvez essa influência citada deva-se ao interesse inicial dos movimentos alternativos pelo zen.
Dá realmente trabalho explicar que o zen não é hippie nem anarquista e que disciplina e hierarquia são importantes no seu treinamento, muitos que chegam com idéias libertárias se chocam com as instruções aos monges noviços nos mosteiros zen tradicionais: “cale a boca e limpe o chão”. Na verdade, no oriente, ser ordenado monge noviço significa pouco mais que um zero à esquerda e sua prática é pura disciplina e obediência aos mais velhos.
Às vezes os alunos (eu inclusive) confundem equanimidade com indiferença, e moralismo arbitrário com virtude natural; talvez daí surja essa certa desvalorização da prática de sila.
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