O processo de diluição mencionado nas folhas de ontem, apesar de ter encontrado no Zen seu modelo principal, não deixa de influenciar outras tradições; e o Theravada, mencionado como possuidor de uma “tradição intelectual muito mais filosófica” ainda assim é uma das formas buddhistas que mais têm passado pela mesma diluição nos últimos anos. A conseqüência disso tem sido a mesma observada no Zen: uma simplificação, e porque não dizer, uma ‘humanização’ de seu conteúdo e tradição, com o crescimento proporcional no número de adeptos e ‘admiradores’. Na sua forma “vipassana”, uma palavra que tem gradualmente assumido a mesma indefinição de um saco de gatos que antes era propriedade exclusiva das palavras “zen” e “tantra”, o Theravada tem sido diluído, psicologizado, transformado em técnica de “saúde” e servido para todo o tipo de pessoas encontrar seu “nicho espiritual”, sem que tenha sido necessário treinamento, formação ou compromisso. Esse é mais um dos problemas que enfrenta o Buddhismo no Brasil e também no mundo.