Mas alguém já se perguntou qual era o método de meditação que o próprio Buddha utilizava? Qual era aquele que ele recomendava como mais apropriado às pessoas? Qual meditação ele utilizou na noite de sua iluminação? Qual ele praticava mais frequentemente?
Os ensinamentos sobre a meditação que o Buddha ele mesmo utilizava foram traduzidos para o chinês somente por volta do século II d.C. por An Shih-kao. Não é bem uma tradução. An Shih-kao combinou a tradução com seus próprios comentários (ou de alguém outro) tão intimamente que tornou-se impossível saber o que era um e outro.
Thich Nhat Hanh, o mundialmente conhecido mestre Zen vietnamita, e conhecido por suas formas práticas e amorosas de apresentar o Dharma, lamenta o fato de o conhecimento integral do método de meditação usado pelo Buddha ter caído no desconhecimento na tradição mahayana. Thich Nhat Hanh diz que: “Em muitos países da tradição Mahayana, tais textos (onde se explica a técnica) não são considerados importantes e, em alguns casos, nem mesmo são disponíveis para estudo“. E complementa: “Espero que tais ensinamentos sejam novamente colocados em larga circulação nas tradições buddhistas do norte“.
Realizando o desejo de Thich Nhat Hanh, o Centro Buddhista Nalanda, que se dedica à divulgação desse método, traz pela segunda vez no Brasil o professor de Dharma Ajahn Santikaro para um ciclo de ensinamentos sobre a meditação praticada pelo Buddha. Primeiramente em São Paulo para um curto workshop e palestras e depois em Belo Horizonte, para um retiro onde será explicado com detalhes como meditar usando os dezesseis pontos do método, novamente o método do Buddha estará disponível para os brasileiros que queiram conhecer e aprofundar-se. Confiram as atividades!